XILOGRAVURAS


Antes que chegasse ao lago
A água cristalina do riacho
Repleta de singela serpente
Revelava farta o silêncio vago
Decantando na caixa quente
De pedras pretas ranzinzas
Outra maior de branca areia
Sob o flerte do firmamento
Nuvens brancas ou cinzas
Escondiam a cor lua cheia
Ou mesmo sem céu algum
O que é bem comum
No esquecimento

Mas na noite alta
A lenta passagem
A tornava fluente
Não era mais imagem
E sim o som da falta
Nas memórias presente

Nenhum comentário:

Postar um comentário