A sombra guardiã desejante e leve
sobre a sensação perene dos vivos. Apagando-se os tatos sensitivos da memória, esquecer-se-iam
os tolos erros reais e imaginários. Medo pai de tantos filhos antepassados. Adormece-se
com eles a nos conduzir pelas mãos aos sonhos. O fogo nas cavernas insalubres derrete
minérios ao acaso no círculo acerado das rochas misteriosas. Não faz mais vento
nas folhas outonadas das ruas de Ipatinga e tão pouco na praça próxima ao
apartamento belo-horizontino. O sol da manhã acaricia a pele branca e cuidada de
poros forjados à predileção de dias cinzentos. Cortinas a bailar e janelas espreitam
os apaixonamentos da rua adomingada. Serenai... serenai a angústia do sábado para
a dor cindida de partir a vir. A elegância do wisky cowboy da façanha silenciosa.
Congratulam-se acessíveis às mídias conectantes, beleza inexperiente,
ingenuidades, infantilidades sexualizadas. Com vastas asas inexiste céu para
planar e à boca cuidada falta leito ao rio doce. É pecado assuntar que após lascívias
e pudores corrompidos não se desfrutam as lembranças decantadas. Maças
embrutecidas e dentes alvos se desencontram. Passarão dez anos? Somente a
mulher entre as coisas, envelhece. Deste poço, a água amarga para a sede
abrasante, serve. Seguir em
frente. Dor de ser. Definição da tela onde cidades azuis foram
contempladas. A madrugada chega. O dia se incendeia e o canto das cigarras florescerá todas as tardes.
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