A
passagem amorosa é um presságio de cuidados, mas depende sua história o conforto
das reflexões medrosas. Reina um
silêncio natural, ouve-se a respiração. É assunto particular. Mas você
caminhando com sua proximidade viva de sentidos produz paz sem meu
consentimento. Não me recordo de tal licença.
O amor acaba repentinamente e sem explicação, mas é arte iniciar-se assim? Talvez.
Uma urgência prática se impõe. Enquanto me segredo, pois modos não encontro,
distante pousa o pássaro morno e domesticado dessa espera. Houvesse a segurança
dos sinais à noite ausente para a presença terna e pulsaria bem menos a
realidade branca de linhas azuis claras.
Por
enquanto, parece prudente deleitar-me com os raros momentos de admiração e somar
a eles a graça de sua desconfiada sensibilidade. Soubesse antes e teria a ilusão
de escolher. Sim ou não, simplesmente. Administro da melhor forma possível a
beleza que emana e contorna todas as fragilidades.
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